Quando a cura não acontece

QUANDO A CURA NÃO ACONTECE

Receber uma sessão de Thetahealing ou Reiki é um presente maravilhoso de Deus. É impossível alguém passar por uma sessão e não sentir nada. Mas é relativamente comum a pessoa criar muita expectativa sobre o terapeuta quando a cura é algo que depende integralmente dela.

Terapeutas bem-intencionados eventualmente alimentam esta crença para transmitir segurança aos seus pacientes, porém, ao chamarem a responsabilidade somente para si estão excluindo um fator crucial para a cura energética: a capacidade de cocriação

Ser um canal da energia amorosa e criativa da Fonte é uma enorme responsabilidade, mas, a realização da cura é um ato de cocriação entre a Mente Universal e o paciente o qual o terapeuta apenas testemunha.

Testemunhar tem uma força imensurável para manifestar aquilo que foi realizado em nível sutil ou de alma na materialidade. Uma cura energética pode levar minutos ou até segundos, mas, também pode levar meses e até anos de acordo ao nível de receptividade que o paciente tem em relação ao trabalho.

Recentemente atendi uma cliente que buscava uma cura no âmbito da prosperidade. Segundo relato, mesmo depois de desempregada, ela nunca tinha passado por uma situação financeira tão delicada quanto aquela. Com ajuda do marido, abriu um pequeno salão onde passou a oferecer tratamentos estéticos e logo começou a receber clientes. No entanto, no último ano, a clientela começou a diminuir. Sentia muito sono e nenhuma motivação para o trabalho. Perguntava-se até se devia continuar a trabalhar como esteticista, pois, não recebia algum encorajamento da família.

Perguntei porque era tão importante ser aprovada pelo marido e filhos e ela me respondeu: “Para eu me sentir importante!”.

A princípio, desconfiei que ela tivesse o que chamo de “crença de desvalia”. Uma pessoa com crença de desvalia acredita que precisa se sacrificar para merecer amor não raramente colocando-se em patamar de inferioridade nas relações. Nos primeiros minutos da sessão de thetahealing percebi que, de fato, ela tinha essa crença.

O problema não poderia ser resolvido em uma sessão, por isso, ela concordou marcar mais duas sessões. No entanto, na segunda sessão ela faltou e na terceira ela veio tão indisposta que eu tive que dar atenção a sua parte física antes de cuidar do emocional.

Pouco tempo depois, a cliente voltou a me procurar para realizar a última sessão que ficou pendente e desta vez o trabalho foi completamente diferente. Um mês depois ela me ligou para relatar como vinha se sentindo. Novos clientes começaram a chegar e ela já não cogitava mais fechar o salão. O relacionamento dela com o marido e os filhos melhorou substancialmente e ela voltou a conversar com a mãe depois de dois anos sem se falarem. Fiquei muito feliz com as novidades e principalmente por senti-la tão contente. Ela queria saber o milagre e eu contei: O milagre é você!

É comum atribuir os pequenos e grandes milagres a um fator externo, como um santo, um anjo e até a um terapeuta ou curador. No entanto, raramente algo que ocorre em nossa vida se deve a algum fator externo.

Devido ao livre-arbítrio cada um de nós tem o poder de escolha. O tempo todo estamos escolhendo o tipo de experiência que queremos passar na vida e isso tem a ver com o que acreditamos. Quem acredita que é preciso se esforçar para receber amor escolhe criar situações em que precisa se esforçar para agradar as pessoas a fim de justificar a crença.

Nenhum terapeuta, curador ou mesmo o Criador tem permissão para mudar uma crença que você escolheu ter. Por isso, não existe milagre pequeno ou grande que não receba ao menos duas assinaturas: a do Criador e a sua.

Quando uma cura intuitiva não acontece é preciso refletir o que está impedindo que o processo flua. Ao permitir que a cliente transferisse a responsabilidade da cura para mim eu impedi que a cura acontecesse. A função do terapeuta é servir de canal e testemunhar a cura acontecendo e não curar. Este poder pertence ao Criador e ao paciente. Explicar o processo foi fundamental para empoderar a cliente.

É importante que o cliente esteja aberto para receber a cura, mas, também é muito importante que o terapeuta esteja ciente de seu papel e não se apegue a cura.

A cura necessita de espaço. É preciso dar espaço para a sabedoria interna de cada pessoa atuar em favor dela, no que ela mais precisa.


Compartilhe:



Sagrado & Feminino

Um espaço para refletir a relação corpo, mente e coração e do indivíduo com planeta e a humanidade.

TOP